Tributo à Resiliência: Reflexões sobre o Mês da Mulher em março

“Sinto-me responsável por abrir caminhos, inspirar outras Mulheres”

Neste mês dedicado a celebrar as conquistas e a refletir sobre os desafios enfrentados pelas mulheres, sinto-me impelida a compartilhar minha história. Como alguém que transitou entre diversas culturas e enfrentou variados desafios profissionais, reconheço que a minha experiência é o reflexo da jornada de inúmeras mulheres que diariamente se esforçam no mundo dos negócios.

Recentemente, tive a oportunidade de aprofundar sobre estas questões e sobre minha jornada pessoal em uma entrevista concedida à revista “Pontos de Vista“, uma conversa que se alinha à celebração do Dia da Mulher. Esta partilha não é apenas sobre as minhas conquistas e obstáculos, mas é também um espelho das experiências vividas por tantas outras mulheres que, com determinação e resiliência, constroem seus caminhos no ambiente empresarial, lutando por reconhecimento e igualdade.

Ao compartilhar minha história na “Pontos de Vista“, espero não apenas refletir sobre meu percurso, mas também inspirar outras mulheres a reconhecerem e valorizarem suas próprias jornadas, ressaltando a importância de nossa luta compartilhada por um futuro mais igualitário e justo.

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Sobre Nós Donzília Rosa

1.O seu percurso profissional é marcado por experiências diversificadas, desde Portugal até aos Estados Unidos. Para começar, em que medida essas experiências moldaram a sua visão sobre liderança e empreendedorismo?

A exposição a diferentes culturas empresariais e abordagens de trabalho realçou a importância da adaptabilidade e inovação, que agora está muito em voga, mas há 20 anos não era exatamente assim.

Aprendi que um líder eficaz deve ser capaz de navegar por várias perspetivas, mantendo uma visão clara e inspirando a equipa a abraçar desafios como oportunidades para crescimento.

A minha formação, em Ciências Sociais, as experiências enquanto viajante e o contacto com outras culturas também foram fundamentais. Hoje consigo colocar-me no lugar do outro, o que nos negócios é indispensável.

2.Além da sua carreira profissional, a sua jornada pessoal também é de realçar: nascida em Figueiró dos Vinhos, tem uma conexão profunda com a sua terra natal. De que forma esta origem influenciou a sua abordagem ao fundar a Wellness Travel Therapy? Há elementos da sua herança ou cultura local incorporados na sua abordagem empresarial?

Esse é o lado mais pessoal da Wellness Travel Therapy, que, aliás, nunca escondi. A autenticidade, o bem-estar, o abrandar e a natureza estão no cerne da nossa abordagem. Estes valores são intrínsecos à minha terra e memórias da infância.

As experiências que oferecemos são desenhadas para refletir a simplicidade, o acolhimento e a riqueza cultural portuguesa, permitindo aos nossos clientes não apenas cuidarem da sua saúde, mas também se reconectarem com a serenidade da vida rural portuguesa.

Na nossa oferta de experiências de lazer, gastronomia e turismo vão encontrar pequenos empresários locais. Tal acontece para garantir a autenticidade, mas também como forma de retribuirmos à comunidade local.

3.Como fundadora e líder da Wellness Travel Therapy, desempenha múltiplos papéis, não só como profissional dedicada, mas também como Mulher líder. Como equilibra esses diferentes aspetos da sua identidade e experiência no seu trabalho diário? Existem desafios que tenha enfrentado ao longo do caminho?

Equilibrar os diferentes chapéus que uso – a empresária, a inovadora, a aventureira e, claro, a Mulher – é um pouco como ser uma DJ. Há momentos para a música séria da liderança e outros em que misturo uma faixa de descontração.
Admito que às vezes os discos da vida profissional e pessoal riscam um pouco, mas aí está a beleza do improviso.

Quanto aos desafios, eles são como pedidos de músicas inesperadas numa festa. Surpreendem e fazem dançar de formas que nunca imaginou. No fim, o que importa é manter a festa animada e assegurar que todos – a equipa, os clientes, a família e eu – estamos a dançar ao mesmo ritmo.

4.A sua empresa, a Wellness Travel Therapy, destaca-se pela sua capacidade de oferecer cuidados de saúde de qualidade e experiências de turismo médico, com uma rede de parceiros altamente qualificado. Como construiu e desenvolveu essa rede de parceiros ao longo do tempo? Quais são os critérios-chave que considera ao selecionar os parceiros para a marca?

Construir a nossa rede de parceiros foi um processo criterioso e estratégico. Procuramos profissionais e instituições que partilhem a nossa visão de excelência e compromisso com o bem-estar do cliente.

O critério-chave na seleção dos parceiros é a qualidade dos cuidados, a inovação nos tratamentos e a capacidade de proporcionar experiências personalizadas. A credibilidade, a formação contínua e a hospitalidade são também fatores decisivos na nossa escolha.

Há um outro importante fator: o foco na Mulher. Grande parte dos tratamentos não invasivos e cirurgias estéticas que oferecemos (podem ser consultados em www.wttportugal.pt) são procurados por mulheres de países como França, Bélgica, Alemanha, Luxemburgo, Suíça e EUA.

A empatia e a compreensão dos desafios únicos enfrentados pelas mulheres no que toca à saúde e à estética são parte integrante dos nossos critérios de seleção. É essencial que nossos parceiros partilhem de uma sensibilidade particular para criar um ambiente onde as mulheres se sintam acolhidas, compreendidas e seguras. Este cuidado e atenção refletem-se na confiança e satisfação das nossas clientes, consolidando a Wellness Travel Therapy como uma escolha de preferência para mulheres que procuram não apenas a transformação estética, mas uma experiência de cuidado integral.

5. No contexto do Dia Internacional da Mulher, é importante reconhecer o papel das Mulheres líderes em diferentes setores da sociedade. Como uma Mulher líder e empreendedora, como observa a importância desta data?

O Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade importante para refletir sobre os avanços alcançados e os desafios que ainda enfrentamos como Mulheres líderes e empreendedoras. Esta data reforça a necessidade de continuarmos a lutar por igualdade de oportunidades e reconhecimento no mundo empresarial.

Há uma frase que trago comigo – “as melhores mulheres empoderam outras mulheres”. Faço questão de mencionar algumas das que me apoiaram ao longo dos anos: a minha mãe com 84 anos, uma mãe coragem; as professoras nos USA – Rebecca Ford, Johane Bielik, Diane Nakamura; as parceiras da WTT – Adelina Santos, protésica da GDS Clinic (razão pela qual somos parceiros) e Filomena Bernardo, profissional de autoestima de pacientes de cancro; Anabela Pinto (Bleenk), que se reinventou durante a pandemia; Margarida Fachada, pela primeira criação da WTT; e Daniela Silva (Up We Go) e Rita Silva (Comsoftweb), responsável de marketing e responsável digital da WTT, respetivamente.

Quando recebo, nas redes sociais, mensagens de outras mulheres, sinto-me responsável por abrir caminhos, inspirar outras mulheres e apoiar a próxima geração de líderes femininas.
Todas nós podemos fazer a diferença na vida das mulheres com simples escolhas para que possamos todos prosperar num ambiente de inclusão e diversidade.

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